De repente
As limitações das paredes do quarto,
As limitações da mente morna,
As limitações do corpo imóvel,
A vida correndo lá fora,
O estreitamento que o frio nos traz,
A gélida e pálida realidade,
A obscuridade que o rio passou a ter,
A falta de nexo entre e real e imaginário,
A falta de um bem maior,
A repentina desestruturação de algo que parecia tão sólido,
Os indícios nos levam a essa prisão,
A prisão mais temida,
A prisão dos sentimentos mais gritantes possíveis,
A prisão que cala a voz do poeta!
Tunyn (Antônio de Freitas) posted on 17 de junho de 2010 às 17:51
Muito legal.
Você está cada vez mais reveladora, sem medo.
As vezes a voz do poeta se cala, mas parece existir algo que tenta sempre trazê-lo de volta, fazendo com que ele "bote a trombone".
Parabéns pelo poema!
Dhalila Nogueira. posted on 17 de junho de 2010 às 19:40
De repente, não mais que de repente...
Ès que surge a inspiração, o poema tão desejado.
Parabéns Luh.
Anônimo posted on 17 de junho de 2010 às 21:05
Verdades. E de repente do meu peito imenso, fez-se pouco, lacerado, puído...
Monny Martins posted on 18 de junho de 2010 às 08:56
"A prisão dos sentimentos mais gritantes possíveis,
A prisão que cala a voz do poeta! "
Todo poeta acredito eu que passa por um momento de limitação, quando se perde o foco da inspiração!
Lindo poema, parabéns Luluzinhaa!!
Danilo Cruz posted on 20 de agosto de 2010 às 16:15
Acredito que, será essa a poesia mais rasgada que vc fizera. Simples, com direção certa. Sem ligar para 'falta de nexo entre e real e imaginário', muitxo boa, virce?!
http://purasubstancia.blogspot.com/
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