sábado, 26 de junho de 2010

O que será que me dá
Quando encontro a felicidade na gota do orvalho,
No silêncio, no escuro da madrugada?

O que será que me dá
Quando a madrugada deixa de ser gélida e vazia,
E se transforma em um bacanal onde meus instintos mais ocultos afloram?

O que será que me dá
Quando sonho acordada com meus desejos mais profundos,
E penso na realização de todos eles?

O que me dá é o suficiente para ignorar a tristeza, o silêncio,
Amar o escuro da madrugada,
E transbordar de coragem,
Na busca da realização dos desejos mais profundos,
Dessa pobre alma carente.

Por Luísa Santos & Monny Martins

quinta-feira, 17 de junho de 2010

De repente

As limitações das paredes do quarto,

As limitações da mente morna,

As limitações do corpo imóvel,



A vida correndo lá fora,

O estreitamento que o frio nos traz,

A gélida e pálida realidade,



A obscuridade que o rio passou a ter,

A falta de nexo entre e real e imaginário,

A falta de um bem maior,

A repentina desestruturação de algo que parecia tão sólido,



Os indícios nos levam a essa prisão,

A prisão mais temida,

A prisão dos sentimentos mais gritantes possíveis,
A prisão que cala a voz do poeta!

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Abismo de Ilusões

Encontro-me só,
Caminhando num abismo que cavei com meus próprios pés.
A escuridão exacerbada causa um frenesi em minha mente.
Posso sentir os vermes saindo da lama,
E subindo, subindo, subindo...
Dominando meu corpo, perturbando minha mente.
Ouço vozes, ouço gritos...
A noite não acaba, A noite não acaba!
Odeio a escuridão,
Odeio esses seres que insistem em me tocar, penetrar-me e vivem em meu corpo.
A cidade virou deserto.
Estou só...
Só! Só!
Ninguém além de mim e esses vermes imundos...
Não! Não!
Eu não quero morrer,
Eu não quero viver.
Quem sou eu?

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